sexta-feira, 31 de julho de 2015

ESPALHE A VERDADE

FONTE:https://www.facebook.com/hashtag/espalhemaverdade


JA Sjr compartilhou a foto de Marcos De Luca.
Esses produtos aí, da cesta básica estão muito altos?
Cobre seus governadores, pois a cesta básica é isenta de impostos federais (pis-cofins e ipi) Informações no Google
‪#‎ESPALHEMAVERDADE‬
Esses produtos aí, da cesta básica estão muito altos?
Cobre seus governadores, pois a cesta básica é isenta de impostos federais(pis-cofins e ipi) Informações no Google
‪#‎ESPALHEMAVERDADE‬

terça-feira, 28 de julho de 2015

Agronegócio tem 10 vezes mais verba que a agricultura familiar em SP

Responsável por 70% dos alimentos consumidos no país, agricultura familiar não tem orçamento nem políticas públicas do governo estadual paulista.


Flaviana Serafim - CUT São Paulo (via MST)

A agricultura familiar é a maior responsável pela segurança alimentar dos brasileiros, produzindo 70% dos alimentos saudáveis que chegam à mesa da população e emprego a 12,3 milhões de pessoas, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Entretanto, no estado mais rico do Brasil, a verba da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo representa apenas 0,5% do orçamento estadual para 2015 – ou R$ 1,129 bilhão do total de R$ 204,8 bilhões – índice que tem se repetido há anos, marcando a falta de investimentos no setor pelo governo paulista do PSDB. 

Outra questão é que 70% desses recursos - R$ 807,4 milhões – são para o agronegócio, em projetos destinados à geração e transferência de conhecimento e tecnologias, à infraestrutura e logística, à modernização e gestão de qualidade.

Arte/infografia: Maria Dias

Nos programas estaduais de agricultura voltados aos mais vulneráveis, a verba é 10 vezes menor (R$ 88,8 milhões em 2015) para fomento ao desenvolvimento regional, fortalecimento da competividade, abastecimento e segurança alimentar (confira o infográfico).
“O governo paulista fez opção clara pelo agronegócio e hoje esse modelo está em xeque porque há um descaso com o planejamento de longo prazo, especialmente no caso da água porque falta investimento na captação e armazenamento desse recurso”, alerta Marco Antônio Pimentel, presidente da Federação da Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (FAF-CUT/SP).

Para estimular a produção e garantir a comercialização, em 2011 o governo estadual criou o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS), que determina que no mínimo 30% dos alimentos comprados por órgãos estaduais sejam da agricultura familiar.

As compras são feitas diretamente pelo governo estadual, com limite de compra de até R$ 22 mil anuais por família, e os alimentos do PPAIS são utilizados no preparo de refeições em escolas estaduais, presídios e hospitais, entre outros.

Arte/infografia: Maria Dias

Mas desde que o programa foi efetivado, em 2012, foram assinados somente 2,5 mil contratos com 800 agricultores familiares, gerando uma movimentação financeira de R$ 6 milhões – o que resulta em apenas R$ 2.400 por contrato ou R$ 7.500 por família, na média, em todo o período.

Na avaliação do presidente da FAF-CUT/SP, o PPAIS surgiu para o governo estadual mostrar que tinha um programa de aquisição de alimentos parecido com o do governo federal, mas a proposta já nasceu errada, com a lógica na produção individual das famílias e problemas de logística

“Hoje os principais clientes são as penitenciárias, mas poucos agricultores têm acesso ao PPAIS. Foi um programa feito de cima para baixo, sem ouvir os trabalhadores rurais e sem resolver os problemas de transporte. Há erros em todos esses programas, seja estadual ou federal, mas com o controle social é possível fazer a política ir sendo adequada, o que não ocorre em São Paulo”, afirma o dirigente.

Texto original: CARTA MAIOR

quinta-feira, 23 de julho de 2015

As cinco piores mentiras do Globo contra Lula em 2015

Lula é o culpado pela crise da Grécia, Mujica 'denunciando' Lula, viagens 'secretas' que foram amplamente divulgadas: confira estas e outras pérolas.

Instituto Lula

Como ainda tem gente que leva de boa fé as informações publicadas pelo jornal O Globo sobre Lula, recapitulamos aqui as cinco maiores armações do jornal contra o ex-presidente só no ano de 2015. Lembrando que ainda estamos em julho. E que a coluna do Merval Pereira é considerada hours concours.

5º lugar - Lula seria culpado pela crise na Grécia

O colunista do O Globo (e também do Estado de S. Paulo, G1, TV Globo, CBN, Globonews) Carlos Sardenberg criou a tese original de que a culpa da crise na Grécia é de Lula e Dilma, por causa de reuniões do atual primeiro-ministro Aléxis Tsipras quando era candidato. A crise grega já tem 7 anos. Diante do fato dos prêmios nobel de Economia Paul Krugman e Joseph Stiglitz terem visões diferentes dele sobre a crise grega, Sardenberg reafirmou seu artigo e saiu-se com essa no Twitter (supomos que “Liila” deve ser “Lula”)





4º lugar - Os documentos secretos do Itamaraty que o Globo manteve secretos

No dia 12/06 o Globo acusou, em manchete de primeira página, o Itamaraty de tentar burlar a lei para proteger Lula, por causa de um documento interno não final que pedia a reavaliação de documentos diplomáticos durante o mandato de Lula. O Itamaraty entregou os documentos à Época. Época e O Globo viram os documentos, que mostravam a atuação positiva de Lula em defesa de empresas brasileiras, e não publicaram nada, afinal, como provam que o trabalho de Lula era positivo para o Brasil, o Globo e a Época devem ter achado melhor esconder isso dos seus leitores.

Como o Globo esconde, segue o que dizem os documentos

3º lugar - O Globo paga mico internacional e inventa que Lula teria “confessado” saber do mensalão para Mujica

A partir de uma declaração dada a jornalistas em um livro sobre Pepe Mujica, no qual o ex-presidente uruguaio menciona uma conversa que teve com Lula sobre as pressões e dificuldades de se administrar um país do tamanho do Brasil, o Globo no dia 5 de maio inventou uma manchete maluca de que Lula teria “confessado” sobre o mensalão para Pepe Mujica.

A mentira foi desmentida horas depois, primeiro pelo próprio autor do livro para o portal G1, também do grupo O Globo, depois em Montevidéu, no lançamento do livro, pelo próprio Mujica, que ainda afirmou em entrevista publicada ao Estado de S. Paulo que Lula foi seu modelo de governante.

A manchete maluca do Globo só foi levada a sério pelo senador Ronaldo Caiado, que está tentando convocar o ex-presidente do país vizinho a depor no Senado com base no jornal carioca.

Depois do caso o jornalista americano residente no Brasil Alex Cuadros tuitou que “De agora em diante irei observar uma quarentena de cinco dias antes de tuitar qualquer história do Globo sobre Lula”.

2º Lugar - O voo secreto divulgado em release

Em 12 de abril de 2014, o Globo publicou matéria falando de um suposto “voo sigiloso” de Lula para Cuba, República Dominicana e Estados Unidos.

Deve ser a primeira viagem sigilosa divulgada por release na história. Ainda por cima acompanhada pela imprensa! Várias matérias dessa viagem foram publicadas no site do Instituto Lula e na imprensa internacional.

A informação de que o voo seria sigiloso baseou-se em um documento interno da Líder Táxi Aéreo com o qual o Instituto Lula não tem relação alguma. O Instituto divulgou a viagem em release para toda a imprensa, inclusive O Globo. O vôo foi pago pela Odebrecht porque o ex-presidente fez uma palestra na República Dominicana. O jornal não acreditou.

1º lugar - Novo mico internacional do Globo: Lula “lobista” em Portugal e a reunião “secreta” que O Globo noticiou. O segundo líder internacional em 2 meses à desmentir o jornal.

O ex-presidente Lula sempre defendeu as empresas brasileiras e uma presença maior delas também no exterior.

No domingo, dia 19 de julho, o Globo, com uma nova leva de documentos do Itamaraty sobre Lula após a presidência, inventa duas mentiras em uma mesma matéria para dizer que o ex-presidente faria lobby.

A primeira dizia que Lula teria feito lobby para a Odebrecht em Portugal, ao comentar com o primeiro-ministro português o interesse da empresa brasileira no processo de privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF). O embaixador Mario Vilalva também estava presente. Lula foi a Portugal participar das comemorações dos 40 anos da Revolução dos Cravos, no dia 25 de abril de 2014. A viagem era pública. O encontro de Lula com o primeiro-ministro foi tão público que a foto usada pelo Globo para ilustrar a matéria, e creditada de forma incorreta, é do Instituto Lula. O Instituto Lula confirmou a nota do embaixador que fala apenas de um comentário, mais nada. A posição do presidente de que as empresas brasileiras deveriam participar mais do processo de privatização em Portugal também era pública. E o Instituto mostrou para o Globo que o interesse da Odebrecht na privatização da EGF era tão público que inclusive já era notícia desde outubro de 2013 em jornais portugueses.

A Odebrecht no final desistiu e não participou do leilão da empresa portuguesa.

E no dia seguinte a matéria do Globo, ela foi desmentida pelo primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, que disse à imprensa portuguesa que Lula não intercedeu por nenhuma empresa brasileira.

Outra mentira, da mesma matéria, é de que Lula teria pedido ao BNDES uma reunião com o embaixador do Zimbábue no dia 3 de maio de 2012. A tal reunião foi um imenso seminário público na sede do BNDES, com TODOS os embaixadores africanos convidados e inclusive cobertura do jornal O Globo. Se o repórter do jornal tivesse pesquisado nos arquivos do diário encontraria a matéria “Lula aparece de bengala em evento na sede do BNDES no Rio”, do jornalista Cássio Bruno, exatamente dia 3 de maio de 2012. Era o primeiro evento público do ex-presidente após se recuperar de um câncer na laringe.

O jornal registrou algumas das respostas da assessoria em matéria separada do texto principal, a primeira a ser distribuída online, onde não inclui as respostas que desmontam a farsa do Globo.

Texto replicado: CARTA MAIOR

Países ricos bloqueiam, de novo, luta contra evasão fiscal

Em conferência da ONU na Etiópia, EUA e Reino Unido lideram sabotagem à proposta que puniria sonegação de impostos pelas multinacionais

Karim Lebhour - Outraspalavras.net

As fortes pressões do Norte fizeram com que os países do Sul desistissem de criar um organismo apoiado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para lutar contra a evasão fiscal, no último dia da conferência internacional sobre financiamento do desenvolvimento realizada em Adis Abeba, na Etiópia.

Essa evasão fiscal priva os países todos os anos de bilhões de dólares em rendas.

A criação desta nova instância, que teria por missão fixar novas regras fiscais internacionais na luta contra os fluxos ilícitos e a evasão fiscal, em particular das multinacionais, dividiu o Norte e o Sul durante esta terceira conferência.

Os países ricos acham que a OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que agrupa os 34 países mais desenvolvidos, é o fórum adequado para debater este assunto e fixar as regras e que um novo organismo patrocinado pela ONU implicaria na perda de agilidade do processo.

Mas os 134 países em desenvolvimento reunidos no grupo G77, liderados pelo Brasil e a Índia, e inúmeras ONGs discordam desta posição.

Seu objetivo era colocar fim às práticas das multinacionais que não pagam impostos nos países onde operam, geralmente refugiando-se em paraísos fiscais.

Estas práticas privam todos os anos esses países de 100 bilhões de dólares, segundo a Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento (CNUCD).

Ante a inflexibilidade dos países do Norte, com os Estados Unidos e o Reino Unido à frente, os países abandonaram sua reivindicação, principalmente devido aos insistentes pedidos da Etiópia, país anfitrião da conferência, que temia um fracasso do encontro.

O texto final, aceito pelas partes e cuja cópia foi obtida pela AFP, afirma que os especialistas do modesto Comitê sobre Cooperação Internacional em Matéria Fiscal, que já existe dentro da ONU e que desempenha um papel meramente consultivo, “sejam designados pelos governos e selecionados segundo uma distribuição geográfica equilibrada”.

Milhares de delegados e centenas de ministros e chefes de Estado de países doadores e em desenvolvimento se reúnem desde segunda para encontrar formas de financiar uma erradicação duradoura da pobreza.

Após as cúpulas de Monterrey em 2002 e de Doha em 2008, a reunião de Adis Abeba servirá para comprovar a vontade dos Estados na hora de colocar em andamento a nova agenda de desenvolvimento das Nações Unidas.

A meta é encontrar financiamento para os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável que a ONU está fixando para 2015-2030 e que devem ser adotados em setembro em Nova York.

As Nações Unidas desejam erradicar a pobreza e a fome no mundo até 2030, enquanto controlam as mudanças climáticas. Um desafio enorme para o qual serão necessários 2,5 bilhões de dólares de ajuda adicional por ano, segundo a Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento.

A escolha da Etiópia como país anfitrião mostra a importância do tema para o continente africano.

Texto original: CARTA MAIOR

terça-feira, 21 de julho de 2015

O Mais Médicos cansou de apanhar da mídia e achou uma saída. Por Leandro Fortes

Postado em 15 jul 2015por :
 
Mais Médicos no Oiapoque, cuidando de índios
 
À frente, há três anos, da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) no Brasil, o dentista cubano Joaquin Molina não se surpreendeu quando, há dois anos, o Conselho Federal de Medicina encabeçou uma violenta reação ao programa Mais Médicos, do governo Federal. “É um tipo de reação corporativista comum em todo o mundo”, explica, diplomático. “Não houve surpresa, é como uma demarcação de território, por causa da chegada de estrangeiros”.
ADVERTISEMENT

A surpresa, diz Molina, foram as manifestações de racismo e preconceito contra os médicos cubanos. “De repente, passaram a dizer que eles não pareciam médicos, mas trabalhadores domésticos, porque eram negros, que por isso deveriam voltar para a África”, lembra.

Uma cena lamentável tornou-se um emblema dessa sanha levada a cabo por grupos de médicos em todo o País: em agosto de 2013, logo depois de chegar ao Brasil, o médico cubano Juan Delgado, de 49 anos, negro, foi vaiado e chamado de “escravo” por colegas de jaleco brasileiros, em Fortaleza, no Ceará.

A participação da Opas e, especificamente, de Joaquin Molina, na montagem e na operação do Mais Médicos foi fundamental para o sucesso do programa, lançado em 8 de julho de 2013 pelo governo federal para suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades brasileiras – rincões para onde médicos brasileiros, historicamente, sempre se recusaram a ir trabalhar.

Por isso mesmo, tanto a Opas quanto Molina foram os primeiros a serem acusados, junto com o então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do PT, de montarem um esquema para, na verdade, injetar dinheiro em Cuba.

Como era de se esperar, tanto a Opas, criada há 110 anos, dos quais, há mais de 50 no Brasil, quanto Molina, se tornaram alvo da mídia. A circunstância, no entanto, não parece alterar o permanente bom humor do cubano. “O problema é que, no Brasil, a mídia é muito apegada às más notícias”, avalia. “Não há manchetes positivas no noticiário, tudo vai pelo lado negativo”.

Por isso, de certa forma, pelo menos no que diz respeito ao Mais Médicos, a Opas desistiu de se comunicar com a população por meio da mídia tradicional e, agora, pretende usar mais os blogs e as redes sociais. “Nunca vi um projeto tão relevante, tão importante para um país como o Mais Médicos, mas o debate em torno dele ficou muito poluído pela política”, diz Joaquin Molina.

Assim, a instituição tem preferido despachar agentes internos de comunicação para muitas das zonas remotas onde atuam os profissionais do Mais Médicos para produzir vídeos e reportagens a serem veiculados na interface brasileira do portal da Opas (www.paho.org/bra) e, daí, passados adiante nas redes sociais.

Nada de coletivas nem viagens com jornalistas previamente pautados para falar mal do programa, não importa a realidade com a qual eles sejam confrontados.

Responsável pelo convênio que trouxe 11.429 mil médicos cubanos para o Brasil (o programa tem 14.182 mil profissionais), a Opas passou a ser tratada pela mídia como uma espécie de mercadora de escravos, a partir de uma tese abarcada pelo CFM e reverberada pela oposição, com a ajuda de sociopatas de plantão nas redes sociais.

A tese da escravidão cubana se baseia no fato de que, da bolsa de 10 mil reais contratada pelo governo brasileiro, os cubanos têm direito a parte dela, 3 mil reais. Os outros 7 mil reais vão para o governo de Cuba, de acordo com o convênio firmado pela Opas, uma ação que só pode ser entendida a partir da realidade da ilha caribenha. O salário médio mensal de um médico em Cuba é de 60 dólares (180 reais). No Brasil, portanto, ele ganha, hoje, cerca de mil dólares – mais de 16 vezes do que ganharia em Cuba. Além disso, os municípios arcam com todas as despesas de transporte, moradia e alimentação dos profissionais cubanos trazidos pelo Mais Médicos.

Escapulir da mídia e investir na comunicação em rede ainda é uma experiência embrionária, e o exemplo da Opas pode servir de inspiração para outras entidades colocadas no pelourinho da imprensa por questões políticas, ideológicas ou, simplesmente, mercadológicas. Quando não pelos maus bofes da oligarquia midiática.

O sucesso do programa expôs a deformação da maioria dos médicos brasileiros, acostumados a números e prontuários de hospitais, mas pouco afeitos ao convívio humano, base da medicina de atenção básica, segredo do sucesso dos médicos cubanos em todo o mundo.

Mas, ao que parece, a lição foi aprendida. A próxima fase do Mais Médicos irá colocar outros 4.058 profissionais nos rincões e periferias das grandes cidades, mas nenhum deles será cubano.

São brasileiros que, apesar da mídia e dos detratores arregimentados por ela, conseguiram enxergar uma realidade que mudou a vida de 30 milhões de pessoas em 3.785 municípios atendidos. Destes, 400 nunca tinham tido médicos. Mesma situação dos 34 distritos indígenas, atualmente atendidos por 300 médicos cubanos.

Mas isso, você não vai ver na mídia.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
 
Leandro Fortes
Sobre o Autor
Leandro Fortes é jornalista, professor e escritor. Trabalhou para o Jornal do Brasil, O Globo, Correio Braziliense, Estadão, Revista Época e Carta Capital.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Mujica: 'Direita brasileira quer criminalizar Dilma e Lula'

Mujica afirmou que o 'ranço capitalista do Brasil imperial não pode aceitar a liderança de homens e mulheres que tendem a representar as maiorias' 

Revista Fórum

Em seu programa de rádio na última terça-feira (14), o ex-presidente do Uruguai José Mujica falou sobre a crise política que atinge o Brasil. “Há uma dura, frenética e pensada campanha da extrema direita que procura criminalizar o PT, a senhora presidente (Dilma Rousseff) e Lula”, avaliou, destacando que a conjuntura atual é similar à da época de Getúlio Vargas, a quem qualificou como “grande presidente da história do Brasil”. As informações são do portal Terra.

Segundo Mujica, a campanha de “criminalização começou há mais de dois anos, e usa toda a artilharia possível, naturalmente tendo como ponta de lança os grandes meios de comunicação que estão ao seu serviço”. Para ele, a estratégia é operada pelo Brasil “conservador, reacionário, que pensa com um selo paulista como se São Paulo fosse uma nova metrópole, e que como tal o resto do país deve se subordinar”.

O ex-presidente disse que não se surpreende com a tentativa de deterioração da imagem de Lula e Dilma, já que “esse ranço capitalista do Brasil imperial não pode aceitar a liderança de homens e mulheres que não são de sua entranha, mas definitivamente tendem a ser e representar as imensas maiorias”. “Tirar 40 milhões de cidadãos da miséria. É isso o que significou o governo do PT e principalmente o impulso de Lula, assinando talvez em termos quantitativos a maior façanha da história econômica da América Latina, se por façanha se entende como vivem as pessoas e não simplesmente números, papéis”, analisou.

Embora tenha enaltecido os avanços dos governos petistas, o uruguaio frisou que ainda há muito a ser construído, pois persistem “diferenças internas avassaladoras que conseguiram diminuir, mas só diminuir”. “Este dilema político que está colocado hoje definirá a sorte de milhões de brasileiros que, conscientes ou não, ainda sofrem discriminação de caráter econômico nesse país continental, tão rico e tão importante para o resto dos latino-americanos”, argumentou.

Para finalizar, após cerca de dez minutos comentando o assunto, Mujica declarou que “está com aqueles que dentro do Brasil lutam pela igualdade, pelo desenvolvimento, por compartilhar a riqueza, por fazer crescer a justiça social e por multiplicar a irmandade entre os povos latino-americanos”.
Texto original: CARTA MAIOR

sexta-feira, 10 de julho de 2015

74% dos brasileiros são contra financiamento empresarial de campanhas

Pesquisa encomendada pela OAB indica que, entre os entrevistados, 79% entendem que a doação de empresas a candidatos e partidos estimula a corrupção.

Revista Fórum (via mst.org)

De acordo com pesquisa Datafolha encomendada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 74% dos brasileiros são contra o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Apenas 16% são favoráveis a esse tipo de doação, e 10% não opinaram. As informações são da Folha de S. Paulo.

Entre os entrevistados, 79% entendem que a doação de empresas a candidatos e partidos estimula a corrupção, 12% não apontam relação, 3% acham que isso ajuda a combater a corrupção e 6% não têm opinião formada sobre o assunto. O instituto ouviu 2.125 pessoas entre os dias 9 e 13 de junho, em 135 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Para o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, é necessário aproveitar o momento atual, em que a Operação Lava Jato descortina um grande caso de corrupção, para alterar o sistema eleitoral do país. “O mais adequado para limpar o Brasil, além da devida punição de eventuais culpados, respeitada a Constituição e o amplo direito de defesa, é acabar com o investimento empresarial em eleições e tornar crime a utilização do dinheiro não contabilizado, o chamado caixa dois”, afirmou, em entrevista à Folha.

O financiamento empresarial de campanhas foi aprovado pela Câmara dos Deputados durante a votação da reforma política no fim de maio. O episódio gerou polêmica, já que um dia antes da aprovação a matéria havia sido rejeitada em plenário. O texto ainda passará por um segundo turno entre os deputados e seguirá para o Senado.

Texto original: CARTA MAIOR

sábado, 4 de julho de 2015

ESTADOS AUMENTAM arrecadação com ICMS DA GASOLINA mas jogam culpa na Dilma e no Governo Federal


o ICMS, imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é um Imposto ESTADUAL. Ele custa hoje, em média, 30% sobre a gasolina e 35% sobre a energia. Muito esclarecedora a matéria do Jornal GGN, que publico abaixo. Se a gasolina e a energia custam o que custam, é por que os Estados estão tapando seus furos de arrecadação com este dinheiro. Mas descaradamente botam a culpa em Dilma e no Governo Federal.
Jornal GGN – Graças aos reajustes de energia elétrica e de combustíveis, os Estados conseguiram ampliar a arrecadação de impostos nos primeiros quatro meses de 2015. Em 17 Estados, a elevação do ICMS sobre estes dois itens reforçou o caixa, como no Pará, onde a arrecadação foi 31% maior entre os meses janeiro e abril de 2015, comparado com o mesmo período do ano passado.
Já no Rio Grande do Sul, a estimativa é de que a receita extra chegue a R$ 600 milhões. O aumento da arrecadação do ICMS na energia e nos combustíveis acaba compensando a queda da atividade no comércio e na indústria.
Em meio à crise econômica e à grave situação das finanças públicas, a maioria dos Estados conseguiu ampliar em números reais a arrecadação de impostos nos primeiros meses de 2015.
Os fortes reajustes de combustíveis e da energia elétrica no semestre levaram a um consequente aumento da arrecadação do ICMS sobre esses dois itens, o que reforçou o caixa dos governadores.
Levantamento da Folha mostra que a arrecadação caiu só em 9 dos 26 Estados. Grandes economias como Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Bahia elevaram a arrecadação em números reais.
Editoria de Arte/Folhapress

Em Santa Catarina, por exemplo, o valor obtido com ICMS pelo consumo de energia no mês de maio pelo governo praticamente dobrou em comparação com 2014.
Em locais como Mato Grosso e Bahia, a arrecadação com os setores de combustíveis e de energia corresponde a mais de 35% do total obtido com o ICMS, imposto que é a base dos caixas estaduais.
O aumento nas contas de luz no início do ano foi de até 48%, com reajuste médio de 23%. Com a elevação da tarifa bem superior à inflação e a alíquota de imposto mantida igual, o valor obtido pelos Estados aumentou.
A verba extra pode compensar a arrecadação menor com a indústria e o comércio, já que o ICMS é muito sensível à diminuição da atividade econômica.
O governo do Rio Grande do Sul estima que, neste ano, a receita extra decorrente dos aumentos tarifários chegue a R$ 600 milhões. O volume é suficiente para quitar um terço de um mês da folha de pagamento, que o Estado vem sofrendo para manter em dia.
“Os preços administrados, como energia elétrica, têm subido absurdamente e esse é um imposto do qual não se foge”, afirma o secretário da Fazenda de Pernambuco, Márcio Stefanni.
O professor de direito tributário da Universidade Federal da Bahia Helcônio Almeida afirma que energia, telecomunicações e combustível são hoje os grandes contribuintes dos Estados devido às alíquotas “altíssimas” e pelo regime de arrecadação “insonegável”, junto às concessionárias.
“A crise dos Estados não é maior por conta disso. Não tem como deixar de pagar conta de luz ou do combustível ou do telefone. Quando se fala em aumento de energia elétrica, pode-se colocar na conta um aumento de imposto também.”
Texto original: Luiz  Miller Blog